Blog

  • Após reunião com a OAB, Barroso recomenda que tribunais garantam direito à sustentação oral presencial

    O presidente do Conselho Federal da OAB, Beto Simonetti, e presidentes de seccionais reuniram-se nesta terça-feira (11/2) com o presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, e o corregedor nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell Marques, para discutir a Resolução 591/2024, que estabelece regras para julgamentos em ambiente eletrônico no Poder Judiciário. 

    Tanto o presidente nacional da OAB quanto os presidentes das seccionais reafirmaram ao presidente do CNJ que vídeo gravado não é sustentação oral. A resolução definia como regra em todos os tribunais a apresentação das sustentações em vídeo gravado, de modo assíncrono, contrariando a prerrogativa da advocacia de optar pela apresentação presencial, nas sessões de julgamento. Após a OAB protocolar petição e lançar um movimento nacional em defesa da sustentação oral, recentemente o CNJ suspendeu o prazo de implementação da norma. 

    Após a reunião, durante a 1ª Sessão Ordinária de 2025 do CNJ, o ministro Barroso recomendou que os Tribunais de Justiça dos estados concedam aos advogados a prerrogativa de pedir destaque nos julgamentos virtuais. O pedido de destaque transfere a votação ao plenário físico.

    “Gostaria de dizer, a pedido da OAB, mas com o meu acordo e a minha recomendação, que os estados que já permitiam que o simples pedido do advogado levasse à sustentação oral não voltem atrás desse modelo. A sustentação oral só deve ser feita por gravação onde a sustentação presencial crie uma tal disfuncionalidade para o tribunal que isso seja imperativo”, disse Barroso no plenário do CNJ  durante a 1ª Sessão Ordinária do CNJ de 2025.

    “A resolução foi para melhorar a vida e não para piorar a vida dos advogados”, defendeu o ministro. “A regra geral deve ser a sustentação síncrona com a presença do advogado”, disse.

    De acordo com Beto Simonetti, é possível avançar no tema, pois o CNJ compreendeu o posicionamento da advocacia e a expectativa é de que seja retirado o impedimento da advocacia à sustentação oral do texto. “Colocamos o sentimento da advocacia em relação à Resolução 591/2024 e fomos muito bem recebidos. A oitiva foi muito exitosa, além de amistosa, e acredito que nos próximos dias conseguiremos trazer de volta à advocacia um direito de todos nós, que é a possibilidade de fazer a sustentação oral”, esclareceu.

    Atuação da OAB

    Com o objetivo de impedir o avanço de normativas que comprometem o exercício da advocacia, a OAB Nacional atua em prol de três petições protocoladas junto ao Conselho Nacional de Justiça: sustentação oral síncrona nas sessões de julgamento nos processos submetidos ao plenário virtual; manutenção dos dez dias para início da contagem do prazo judicial nas intimações efetivadas através dos portais de processos eletrônicos; e respeito à legislação estadual sobre advocacia dativa.

    Em petição dirigida ao presidente do CNJ e relator da matéria, ministro Luís Roberto Barroso, a OAB requereu a suspensão dos efeitos de dispositivo da Resolução 591/2024 que limita a prerrogativa da advocacia de se opor ao julgamento em plenário virtual e de realizar sustentações orais síncronas à sessão de julgamento colegiada.

    “A prerrogativa de sustentação oral no momento do julgamento garante a plena e efetiva atuação da advocacia, estimulando o debate entre os julgadores, aprimorando o contraditório e viabilizando decisões melhor fundamentadas. Privar o advogado do direito de debater oralmente a causa representa, sem dúvida, limitação ao direito de defesa e do amplo contraditório,  prejudicando o jurisdicionado”, argumenta o CFOAB, no documento. Leia a petição.

    Após a OAB protocolar no CNJ petição e lançar um movimento nacional em defesa da sustentação oral, o ministro Barroso suspendeu os prazos de implementação da Resolução 591/2024 para diversos órgãos do Judiciário. A regra, antes da decisão de Barroso, entraria em vigor no dia 3/2. 

    Integrantes

    Participaram da reunião os presidentes OAB-AC, Rodrigo Aiache Cordeiro, da OAB-AL, Vagner Paes, da OAB-AM, Jean Cleuter Mendonça, da OAB-BA, Daniela Borges, da OAB-DF, Paulo Maurício Braz Siqueira (Poli), da OAB-GO, Rafael Lara Martins, da OAB-MA, Kaio Vyctor Saraiva Cruz, da OAB-MT, Gisela Alves Cardoso, da OAB-MS, Bitto Pereira, da OAB-MG, Gustavo Chalfun, da OAB-PA, Sávio Barreto, da OAB-PB, Harrison Targino, da OAB-PR, Luiz Fernando Casagrande, da OAB-PE, Ingrid Zanella, da OAB-PI, Raimundo Júnior,  da OAB-RN, Carlos Kelsen, da OAB-RS, Leonardo Lamachia, da OAB-SP, Leonardo Sica, da OAB-SE, Danniel Costa, e da OAB-TO, Gedeon Batista Pitaluga Junior, além da vice-presidente da OAB-AL, Cláudia Lopes Medeiros. Também estiveram presentes o diretor-tesoureiro do CFOAB, Délio Lins e Silva Júnior; o procurador nacional de Defesa das Prerrogativas, Alex Sarkis; o procurador-geral do CFOAB, Sergio Rodrigues Leonardo; os conselheiros federais Rafael Horn, Marcos Vinicius Jardim, Valdetário Monteiro, Silvia Souza, Alessandro Uchôa; o ex-diretor-tesoureiro Leonardo Campos; e os conselheiros federais  Rafael Horn (SC), Mansour Elias Karmouch (MS), Aldo de Medeiros Lima (RN) e Marco Aurélio Choy (AM).

    Pelo CNJ, participaram, também, a secretária-geral, Adriana Alves dos Santos Cruz, e a chefe de Gabinete, Leila Mascarenhas.

    Confira o depoimento de alguns presidentes de seccionais:

    “Foi discutido, a pedido do nosso presidente Beto Simonetti, a relevância da sustentação oral para toda advocacia. É a OAB trabalhando cada vez mais pela advocacia.” Vagner Paes Cavalcanti Filho, presidente da OAB-AL.

    “Estivemos no CNJ para defender a sustentação oral da advocacia. Com o presidente Beto [Simonetti] e os presidentes de seccionais, uma reunião importante com o ministro Barroso e o ministro Campbell, demostramos a necessidade de mudança da Resolução 591. Sustentação oral presencial.” Paulo Maurício Braz Siqueira (Poli), presidente da OAB-DF.

    “Apesar do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, de forma vanguardista, já ter garantido a sustentação oral síncrona à advocacia goiana, estamos unidos com a advocacia brasileira para que a gente possa resgatar esse direito para a advocacia. Obrigada Beto por esse movimento de nos trazer aqui. O ministro Barroso é muito sensível e atencioso às nossas causas.” Rafael Lara, presidente da OAB-GO.

    “Viemos para, junto ao ministro Barroso, discutir a Resolução 591, que tantos prejuízos causa à advocacia. Quero parabenizar o presidente Beto Simonetti por essa construção coletiva com todos os presidentes de seccionais.” Gustavo Chalfun, presidente da OAB-MG.

    “Participamos de uma importante reunião com o ministro Luís Roberto Barroso para tratar de garantir o direito à sustentação oral, uma pauta que tem sido muito combatida por todo o Colégio de Presidentes. O presidente Beto Simonetti fez questão de nos trazer aqui hoje [ao CNJ].” Gisela Alves Cardoso, presidente da OAB-MT.

    “Tivemos agora uma reunião com o presidente Beto Simonetti, ao lado dos presidentes das seccionais, com o ministro Luís Roberto Barroso e o ministro Mauro Campbell sobre a sustentação oral da advocacia. Queremos que se mantenha esse direito. E, graças à atuação do presidente Beto Simonetti, esperamos boas novidades.” Harrison Alexandre Targino, presidente da OAB-PB.

    “Estivemos no CNJ junto com o presidente Beto Simonetti conversando com o ministro Barroso demonstrando a necessidade de toda a advocacia ter a sua prerrogativa de sustentar claramente em todos os processos. É assim, ao lado do presidente Beto e de todos os presidentes das seccionais lutaremos pelos direitos da advocacia.” Ingrid Zanella, presidente da OAB-PE.

    “Estamos aqui no CNJ, ao lado do presidente Beto Simonetti, e dos presidentes das seccionais, para uma reunião com o ministro Barroso e discutimos a importância da sustentação oral para a advocacia brasileira.” Carlos Kelsen Silva dos Santos, presidente da OAB-RN.

    “Saí da reunião esperançoso. O ministro pareceu atento aos argumentos que colocamos e tem até a expectativa de sair um ato.” Márcio Melo Nogueira, presidente OAB-RO.

    “Uma importante reunião no CNJ, sob a liderança do presidente Beto Simonetti, que oportunizou a todos os presidentes de seccionais falarmos diretamente com o ministro Barroso em relação à Resolução 591. Trouxemos a nossa campanha ‘Vídeo gravado não é sustentação oral’.” Leonardo Lamachia, presidente da OAB-RS.

    “Sob a liderança do presidente Beto Simonetti, acabamos de participar de uma importante reunião com o ministro Barroso para defender a sustentação oral. Avançamos bastante e reafirmamos, todos os presidentes, que vídeo gravado não é sustentação oral”. Danniel Alves Costa, presidente da OAB-SE.

    “Parabenizo o presidente Beto Simonetti por discutir o acesso à Justiça por meio da sustentação oral.” Gedeon Batista Pitaluga Júnior, presidente da OAB-TO. 

    Confira todas as fotos da reunião no Flickr da OAB

  • Em posse da nova diretoria da OAB-SE, Conselho Federal reforça a união da advocacia

    Advogadas e advogados sergipanos participaram, nesta segunda-feira (10/2), da solenidade de posse da nova diretoria da OAB Sergipe, marcada pela recondução do presidente Danniel Costa para o triênio 2025-2027. O Conselho Federal da OAB foi representado pelo vice-presidente, Felipe Sarmento, e pela secretária-geral, Rose Morais. 

    Em vídeo, o presidente nacional da OAB, Beto Simonetti, destacou a importância da nova gestão para a advocacia sergipana. “É com imensa alegria que me dirijo a vocês neste momento especial da nova gestão da OAB Sergipe. Tenho plena confiança de que, nos próximos três anos, a seccional terá ainda mais motivos para comemorar. A advocacia sergipana está muito bem representada.”  

    Durante seu discurso, Felipe Sarmento elogiou a liderança de Danniel Costa, ressaltando sua capacidade de unir a classe advocatícia. “Danniel é um advogado comprometido, um líder conectado com a jovem advocacia e um excelente gestor. Ele não é apenas um líder em Sergipe, mas uma referência em nível nacional”, declarou.  

    A secretária-geral Rose Morais, que representa o Sergipe na diretoria da OAB Nacional, também foi reconhecida por Sarmento como a primeira mulher a dar posse a um presidente seccional e a primeira sergipana a ocupar o cargo no CFOAB. “Rose, você representa o som, a cor e a força da advocacia sergipana, nordestina e brasileira. Você sabe que é preciso ter força, raça e gana sempre. E você sempre teve muita fé na vida e em Deus, por isso ele lhe conduziu até aqui”, afirmou.  

    Além disso, o vice-presidente da OAB prestou homenagem aos profissionais da comunicação da Ordem nacional e estadual.

    Diretoria empossada

    A cerimônia marcou a recondução de Danniel Costa à presidência da seccional, ao lado da vice-presidente, Maria Edênia Passos Mendonça; da secretária-geral, Andrea Leite de Souza; do secretário-geral adjunto, Raphael Reis; e do tesoureiro, Ismar Francisco. Também tomaram posse os membros do Conselho Seccional e da Caixa de Assistência dos Advogados de Sergipe (CAASE), presidida por Glória Roberta Herzfeld.  

    Em seu discurso, Danniel Costa reafirmou o compromisso com a valorização da advocacia. “A advocacia precisa sempre ser respeitada, valorizada e defendida sem qualquer tipo de limites”. Ele também ressaltou a importância da modernização da seccional. “A nossa instituição não será mera espectadora das mudanças sociais e jurídicas, mas protagonista, respeitando seu histórico e preparando a advocacia sergipana para o futuro”, afirmou.  

    O evento reuniu autoridades da advocacia, do Judiciário e do Legislativo. Entre os presentes estavam os conselheiros federais por Sergipe, Cristiano Barreto, Fábio Fraga, Lilian de Melo, Clara da Conceição e Nilton da Silva Filho. Também participaram representantes da CAASE e de outras seccionais da OAB.  

    O Poder Judiciário foi representado pela desembargadora Iolanda Santos Guimarães, presidente do TJ-SE, e pelo desembargador Josenildo dos Santos Carvalho, presidente do TRT-SE. O Ministério Público teve como representantes a procuradora-chefe da Procuradoria da República em Sergipe, Eunice Dantas Carvalho, e o procurador-geral de Justiça do MPSE, Nilzir Soares Vieira Júnior.  

    Na esfera legislativa, compareceram o senador da República por Sergipe, Laércio Oliveira, e o deputado estadual Luciano Bispo, 1º secretário da Assembleia Legislativa de Sergipe.

  • Marcello Terto e Ulisses Rabaneda, representantes da advocacia, tomam posse no CNJ

    A presença da advocacia no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi fortalecida nesta terça-feira (11/2) com a posse dos conselheiros indicados pelo Conselho Federal da OAB. Marcello Terto, reconduzido ao cargo, e Ulisses Rabaneda assumem as vagas destinadas à classe pelos próximos dois anos. Na solenidade, que antecedeu a 1ª Sessão Ordinária de 2025, o presidente da Ordem, Beto Simonetti, destacou a competência dos conselheiros.

    “Marcello Terto, que retorna ao CNJ após uma notável atuação em seu primeiro mandato, traz consigo uma experiência valiosa para contribuir com o aprimoramento institucional do Conselho. Já Ulisses Rabaneda, com sua sólida trajetória na advocacia e na Justiça Eleitoral, certamente agregará ao CNJ sua experiência e visão em prol de um Judiciário mais acessível e eficiente”, disse Simonetti.

    Em mensagem de boas-vindas aos conselheiros, o presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, ressaltou os currículos e as trajetórias profissionais dos novos membros.

    Recém-empossados

    Na ocasião, ambos os conselheiros afirmaram seus compromissos de atuação na defesa das prerrogativas da advocacia, que, conforme frisaram, não representam privilégios, mas instrumentos indispensáveis para que os cidadãos tenham assegurado o pleno acesso à Justiça.

    “Não se trata apenas de defender os interesses e prerrogativas da advocacia, trata-se, acima de tudo, de defender a cidadania, o jurisdicionado, a quem se destina o trabalho de todo este sistema que denominamos de Justiça”, afirmou Terto, em seu discurso.

    “Sem uma advocacia livre, independente e respeitada, não há Estado Democrático de Direito”, afirmou Rabaneda, elencando a prerrogativa de acesso aos autos, a sustentação oral de maneira síncrona e a remuneração digna, entre outras garantias da classe a serem preservadas.

    A cerimônia também deu lugar ao lançamento das comemorações dos 20 anos do CNJ, celebrados no dia 14 de junho. 

    Estavam presentes no evento a ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Daniela Teixeira; o corregedor-nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell; o diretor-tesoureiro do CFOAB, Délio Lins e Silva Júnior; o procurador nacional de Defesa das Prerrogativas da Ordem, Alex Sarkis; o procurador-geral do CFOAB, Sergio Rodrigues Leonardo; e os conselheiros federais Rafael Horn, Marcos Vinicius Jardim, Valdetário Monteiro, Silvia Souza, Mansour Elias Karmouch, Aldo de Medeiros Lima Filho, Marco Aurélio Choy e Alessandro Uchôa, além do ex-diretor-tesoureiro Leonardo Campos.

    Também participaram os presidentes das seccionais OAB-AC, Rodrigo Aiache Cordeiro; OAB-AL, Vagner Paes, e a vice-presidente, Cláudia Lopes Medeiros; OAB-AM, Jean Cleuter Mendonça; OAB-BA, Daniela Borges; OAB-DF, Paulo Maurício Braz Siqueira (Poli); OAB-GO, Rafael Lara Martins; OAB-MA, Kaio Vyctor Saraiva Cruz; OAB-MT, Gisela Alves Cardoso; OAB-MS, Bitto Pereira; OAB-MG, Gustavo Chalfun; OAB-PA, Sávio Barreto; OAB-PB, Harrison Targino; OAB-PR, Luiz Fernando Casagrande; OAB-PE, Ingrid Zanella; OAB-PI, Raimundo Júnior; OAB-RN, Carlos Kelsen; OAB-RS, Leonardo Lamachia; OAB-SP, Leonardo Sica; OAB-SE, Danniel Costa; e OAB-TO, Gedeon Batista Pitaluga Junior. 

    Confira todas as fotos no Flickr da OAB

    Matérias relacionadas:

    Indicados pela OAB para o CNJ são nomeados

    Conselho Pleno da OAB define indicados às vagas do CNJ para biênio 2024-2026